PESQUISA REALIZADA COM 12 MIL ALUNOS MOSTRA QUE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESTÃO BEBENDO CADA VEZ MAIS CEDO
% dos adolescentes que já beberam alguma vez - Com menos de 13 anos: 37%- Aos 13 anos: 50%- Aos 14 anos: 64%- Aos 15 anos: 76%- Aos 16 anos: 80%- Acima de 16 anos 84%23% dos jovens em que um ou os dois pais já morreram consomem mais do que 5 doses na semana.30% dos jovens cujos pais nunca viveram juntos bebem mais do que 5 doses de bebidas alcoólicas na semanaFonte: www.educacional.comPublicado em 19/10/2009 | Guilherme Voitch - Colaborou Vinícius Sgarbe, especial para o Jornal Gazeta do Povo - ParanáO primeiro contato dos jovens com a bebida tem acontecido muito cedo e o hábito de beber está se fixando a partir dos 16 anos, em oposição ao que prevê a legislação brasileira – 18 anos. Oito para cada dez jovens menores de idade consomem álcool. Essas são algumas das conclusões de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional, em parceria com o psiquiatra Jairo Bouer. Na pesquisa, 12 mil estudantes de 96 escolas de todo o Brasil responderam, de forma anônima, o questionário on-line sobre o tema.Para Andrea Maia de Santana, gerente da Área de Projetos da Divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática, a pesquisa partiu de uma necessidade das próprias escolas. “Foi uma demanda deles e a garantia de que as respostas seriam anônimas gerou um resultado muito bom entre os alunos”, diz. Segundo Andrea, o próximo passo é utilizar as respostas para tratar da prevenção do álcool nas escolas.“A pesquisa confirma os estudos feitos sobre o consumo de álcool entre os jovens no Brasil e no mundo e aponta para a necessidade de se discutir essas questões de forma mais séria. O jovem precisa aprender os riscos e impactos do consumo abusivo de álcool”, diz Bouer. E a ação preventiva precisa começar muito cedo. A pesquisa mostra que pelo menos metade dos adolescentes até 13 anos admite já ter bebido.Alguns grupos parecem ter chance maior de ter problemas com o consumo de bebida. São eles: filhos de pais que nunca viveram juntos, jovens que têm relação ruim ou péssima com os pais em casa, famílias em que pai e mãe bebem demais, jovens e famílias que não seguem uma religião, alunos com péssimo desempenho na escola e que faltam demais às aulas.Para especialistas, os dados confirmam uma realidade cada vez mais preocupante. De acordo com o estudo, em 40% dos casos o primeiro gole ocorre em casa ou na casa de familiares. “Estamos falando de um comportamento aparentemente inofensivo. Mas o pai abre uma garrafa de vinho durante a refeição e pode despertar a doença do álcool no filho”, diz o membro da Pastoral da Sobriedade, José Augusto Soavinski.Quase 15% dos jovens também mostraram que pai, mãe ou ambos bebem excessivamente. “O lar é uma metáfora de segurança. Tudo que existe em uma casa é, para as crianças e os jo vens, sinônimo de ‘sem perigo’. Quando um jovem experimenta álcool em casa pela primeira vez, ele considera um estímulo ao consumo”, afirma Albert Frie sen, psicólogo, doutor em ciências da religião e especialista em terapia familiar.Ele cita como exemplo o livro Filhos do divórcio, de Judith Wal lerstein, em que é relatado o acom panhamento de famílias depois da separação. A pesquisa foi feita ao longo de 25 anos e comprova que os filhos destas famílias são mais suscetíveis ao vício.“As pessoas que têm pais separados, de alguma forma sofrem mais nas emoções. Têm, especialmente, menos limites e fronteiras. A lógica é que se dá pra sair do casamento, mesmo que se tenha prometido fidelidade até a morte, significa que limites não são exatamente necessários.”RELAÇÃOO estudo também estabelece relações entre álcool e drogas mais pesadas. Quase 20% dos entrevistados já fumaram cigarros. Dos que já fumaram, 32% dizem ter mais vontade de fumar depois de beberem. Situação semelhante ocorre com a maconha: 8% dos entrevistados dizem já ter fumado maconha e, destes, 28% dizem ter mais vontade de fumar depois que bebem.Soavinski, que há 20 anos dá palestras sobre os riscos do consumo do álcool em escolas, diz que é inegável o fato de que o álcool é porta de entrada para outras drogas mais pesadas, como a cocaína. “É uma sequência. Primeiro as [bebidas] fermentadas, depois as destiladas. O jovem segue e acaba nas drogas estimulantes. O responsável pela epidemia de crack que vivemos em Curitiba é o álcool. Quem começa a beber não sabe onde pode parar. O problema é progressivo, perigoso e pode ser fatal”, alerta.PESQUISA REALIZADA COM 12 MIL ALUNOS MOSTRA QUE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESTÃO BEBENDO CADA VEZ MAIS CEDOBy Irmã Márcia Katiuce
Postado por Irmã Vânia Soares
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