Seis maneiras de melhorar a comunicação com os filhos
Existem seis maneiras diferentes de melhorar a comunicação com os filhos.
1. Fale menos.
Muitos pais aprenderam do modo mais difícil que aquilo que parece ser uma comunicação franca em geral é o que faz com que os ouvidos e a boca de um jovem se fechem. Um erro comum é o «sermão», o longo monólogo que normalmente começa com: "Quando eu tinha a tua idade ... ». Diante de um sermão, os jovens fecham-se; os seus olhos vidram-se e eles deixam de registar qualquer tipo de informação.
Desde tempos imemoriais que os pais dizem solenemente: «Quando vocês tiverem filhos, vão ver como é.» O que interessa aos jovens é o presente; o futuro longínquo para eles não tem qualquer relevância. Dê razões específicas para as suas acções utilizando o tempo presente: «Não te deixo ir à festa porque acho que há poucos adultos lá para tomar conta da situação.»
2. Evite palavras exaltadas.
As nossas emoções estão de tal modo ligadas ao bem-estar dos nossos filhos que não há pai que se mantenha sempre calmo. Contudo, quanto mais excitados estivermos, mais provável será dizermos o que não queremos.
Quando uma questão está em vias de se tornar incontrolável, as mães costumam dizer aos filhos algo do género: «Estou muito zangada, por isso não quero falar mais nesse assunto agora. Vão brincar que, quando eu estiver mais calma, chamo-vos.»
Durante situações explosivas devemos acalmar pensando: «Nunca te esqueças de como eras em criança.» Temos que nos manter calmos lembrando-nos de que os comportamentos impulsivos e tolos estão sempre ligados ao facto de se estar ainda a crescer.
3. Ouça o seu filho com imparcialidade.
Isso significa não falar enquanto o filho não acabar o que está a dizer. Seja o que for que esteja a ouvir, ouça até ao fim. Se perder a cabeça antes de ouvir a história toda, prepare-se para pedir desculpas.
Quando o jovem acabar de falar, repita por outras palavras o que ele acabou de dizer e, em seguida, pergunte se foi isso que ele essencialmente quis comunicar. Assegure-se de que entendeu tudo o que ele lhe disse antes de lhe dar um conselho ou de agir. Lembre-se que a perspectiva de um jovem é diferente da de um adulto. Se reconhecermos que os pequenos problemas da vida parecem maiores quando se é criança, isso dar-nos-á, um pouco mais de paciência. Se uma criança perder alguma coisa de que gosta, nem que seja algo insignificante para nós, é importante para ela e nós temos de entender isso.
4. Procure a ocasião certa.
Tão importante como o modo de falarmos e ouvirmos é o quando o devemos fazer. Os melhores momentos são a hora de ir para a cama e a das refeições. As refeições também podem proporcionar uma troca de ideias.
5. Fale com amor.
O afecto, que é a abordagem mais branda e tranquila da comunicação, prevalece sempre em famílias estáveis. O afecto pode resolver momentos difíceis. Há alturas em que não se deve falar, mas, apesar disso, é possível comunicar através de um leve toque. O afecto é um sinal silencioso que, desde que as pessoas se possam tocar, permite um desabafo, sejam quais forem os conflitos e as divergências existentes entre elas.
6. Dê valor às opiniões dos seus filhos.
Acho que os melhores pais devem manter certas decisões, mesmo que os filhos discordem. Contudo, ser determinado não significa de maneira nenhuma ignorar os jovens. Deixá-los ter voz em assuntos familiares traz dois benefícios: aceitam melhor as decisões se forem consultados e consideram-se uma parte valiosa da família. É claro que dirigir uma casa e impor certa disciplina leva a que muitas decisões sejam tomadas apenas pelos pais. Se existe uma regra que diz que se devem acabar os trabalhos de casa antes de se ligar a televisão, discuti-la apenas levará a debates estéreis. Tal coisa não significa estar-se a bloquear a comunicação, mas que se é suficientemente inteligente para decidir acabar com uma briga em benefício de todos.
Comunicar com os filhos nem sempre é fácil. Mas aquilo que é básico - saber ouvir, usar a ocasião certa e sentir afeição e respeito - pode ser vir para fundamentar a compreensão mútua entre pais e filhos.
Irmã Vânia Soares
Existem seis maneiras diferentes de melhorar a comunicação com os filhos.
1. Fale menos.
Muitos pais aprenderam do modo mais difícil que aquilo que parece ser uma comunicação franca em geral é o que faz com que os ouvidos e a boca de um jovem se fechem. Um erro comum é o «sermão», o longo monólogo que normalmente começa com: "Quando eu tinha a tua idade ... ». Diante de um sermão, os jovens fecham-se; os seus olhos vidram-se e eles deixam de registar qualquer tipo de informação.
Desde tempos imemoriais que os pais dizem solenemente: «Quando vocês tiverem filhos, vão ver como é.» O que interessa aos jovens é o presente; o futuro longínquo para eles não tem qualquer relevância. Dê razões específicas para as suas acções utilizando o tempo presente: «Não te deixo ir à festa porque acho que há poucos adultos lá para tomar conta da situação.»
2. Evite palavras exaltadas.
As nossas emoções estão de tal modo ligadas ao bem-estar dos nossos filhos que não há pai que se mantenha sempre calmo. Contudo, quanto mais excitados estivermos, mais provável será dizermos o que não queremos.
Quando uma questão está em vias de se tornar incontrolável, as mães costumam dizer aos filhos algo do género: «Estou muito zangada, por isso não quero falar mais nesse assunto agora. Vão brincar que, quando eu estiver mais calma, chamo-vos.»
Durante situações explosivas devemos acalmar pensando: «Nunca te esqueças de como eras em criança.» Temos que nos manter calmos lembrando-nos de que os comportamentos impulsivos e tolos estão sempre ligados ao facto de se estar ainda a crescer.
3. Ouça o seu filho com imparcialidade.
Isso significa não falar enquanto o filho não acabar o que está a dizer. Seja o que for que esteja a ouvir, ouça até ao fim. Se perder a cabeça antes de ouvir a história toda, prepare-se para pedir desculpas.
Quando o jovem acabar de falar, repita por outras palavras o que ele acabou de dizer e, em seguida, pergunte se foi isso que ele essencialmente quis comunicar. Assegure-se de que entendeu tudo o que ele lhe disse antes de lhe dar um conselho ou de agir. Lembre-se que a perspectiva de um jovem é diferente da de um adulto. Se reconhecermos que os pequenos problemas da vida parecem maiores quando se é criança, isso dar-nos-á, um pouco mais de paciência. Se uma criança perder alguma coisa de que gosta, nem que seja algo insignificante para nós, é importante para ela e nós temos de entender isso.
4. Procure a ocasião certa.
Tão importante como o modo de falarmos e ouvirmos é o quando o devemos fazer. Os melhores momentos são a hora de ir para a cama e a das refeições. As refeições também podem proporcionar uma troca de ideias.
5. Fale com amor.
O afecto, que é a abordagem mais branda e tranquila da comunicação, prevalece sempre em famílias estáveis. O afecto pode resolver momentos difíceis. Há alturas em que não se deve falar, mas, apesar disso, é possível comunicar através de um leve toque. O afecto é um sinal silencioso que, desde que as pessoas se possam tocar, permite um desabafo, sejam quais forem os conflitos e as divergências existentes entre elas.
6. Dê valor às opiniões dos seus filhos.
Acho que os melhores pais devem manter certas decisões, mesmo que os filhos discordem. Contudo, ser determinado não significa de maneira nenhuma ignorar os jovens. Deixá-los ter voz em assuntos familiares traz dois benefícios: aceitam melhor as decisões se forem consultados e consideram-se uma parte valiosa da família. É claro que dirigir uma casa e impor certa disciplina leva a que muitas decisões sejam tomadas apenas pelos pais. Se existe uma regra que diz que se devem acabar os trabalhos de casa antes de se ligar a televisão, discuti-la apenas levará a debates estéreis. Tal coisa não significa estar-se a bloquear a comunicação, mas que se é suficientemente inteligente para decidir acabar com uma briga em benefício de todos.
Comunicar com os filhos nem sempre é fácil. Mas aquilo que é básico - saber ouvir, usar a ocasião certa e sentir afeição e respeito - pode ser vir para fundamentar a compreensão mútua entre pais e filhos.
Irmã Vânia Soares
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